A causa do vitiligo é estresse?
Inegavelmente, o estresse influencia a evolução do vitiligo. Na verdade, estresse influencia tudo na vida: qualquer doença, o comportamento humano, o desempenho imunológico, esportivo, financeiro, os relacionamentos, o desempenho no trabalho e qualquer outra coisa.
Várias doenças são agravadas pelo estresse além do vitiligo, sendo a mais evidente a psoríase.
Entretanto, estresse não é a causa do vitiligo, mas um fator desencadeante importante. Muitos casos se iniciam após um acontecimento traumático, como um acidente, um assalto, uma perda afetiva ou financeira, um susto intenso. Outros fatores desencadeantes, porém, são conhecidos: traumatismos da pele, queimaduras térmicas, exposição à luz solar, descamação pós-bronzeamento, dermatoses inflamatórias.
Repetindo: esses eventos não são a causa do vitiligo, mas fatores desencadeantes. O que existe é uma possibilidade genética de a pessoa desenvolver vitiligo, que só se torna realidade após a ação de algum desses fatores em algum momento particular.
Portanto, não se deve atribuir todos os casos de vitiligo a estresse. Pode ser e pode não ser. Principalmente o estresse situacional, aquele que ocorre diariamente. Todos temos momentos de estresse todos os dias. Há pessoas naturalmente estressadas quase o tempo todo. Isso predispõe a doenças, mas é impossível medir o papel que esse tipo de estresse exerce a ponto de causar vitiligo.
Durante a evolução do vitiligo, todos os pacientes observam aumento das manchas em fases de estresse. É sabido que os estados mórbidos se agravam pelo estresse. No vitiligo é a mesma coisa. Muitas vezes, a pessoa fica com estresse após um acontecimento traumático cuja lembrança se repete independentemente da vontade. É o estresse pós-traumático. Nesses casos, a psicoterapia exerce um papel importante para aliviar a mente ou reprogramá-la, a fim de tirar o potencial agravante dos pensamentos limitantes e substituí-los por pensamentos facilitadores.