Qual a causa do vitiligo?

Até hoje, não está determinada a causa do vitiligo.

 

Existe o vitiligo hereditário, que é aquele que incide em dois ou mais membros da mesma família em primeiro ou segundo grau. Supõe-se que esse tipo seja causado por algum gene programado para desencadear a alteração em algum momento da vida ou ativado por algum fator ocasional. É o que ocorre, quando avô ou avó, pai ou mãe e filho ou filhos apresentam manchas na pele. Cerca de 10 a 15 por cento de casos de vitiligo são deste tipo, chamado vitiligo genético.

 

Vitiligo ao nascimento é raríssimo. Mesmo o vitiligo hereditário se manifesta geralmente após um ano de idade.

 

A grande maioria dos pacientes afetados por vitiligo não têm nenhum ascendente com manchas. Isto indica que alguma coisa em algum momento foi capaz de iniciar o quadro clínico. A melhor suposição para estes casos é que a pessoa possui um ou mais de um gene com a programação para produzir vitiligo, os quais, entretanto, encontram-se em inatividade. Não estão causando manchas, porque esse seu potencial está desligado. Em determinado momento, um ou vários fatores externos ou internos colocam esses genes em atividade e começam a aparecer as manchas. Este tipo seria o vitiligo epigenético e sua origem seria a modificação das proteínas envoltoras dos genes, que daria ocasião a que os genes sejam ligados e ponham em ação sua potencialidade.

 

Fatores que podem ativar os genes de vitiligo são inúmeros: tabaco, álcool, drogas, tipo de alimentação, carcinogênios, atividade física, inflamações, infecções por vírus e bactérias, exposição a radiações eletromagnéticas, poluentes, hormônios, traumatismos físicos, queimaduras térmicas, luz solar, pressão social, emoções, estresse e outras não conhecidas. Os fatores variam de pessoa a pessoa. Como não se consegue saber exatamente se algum desses  agentes atuou isoladamente ou em conjunto com outros, não é possível evitar o aparecimento de manchas, isto é, fazer a prevenção do vitiligo. Cada pessoa é uma única e o vitiligo que a atinge é exclusivo dela, podendo ser parecido, no geral, com o de outras pessoas, mas na verdade tendo características únicas daquela pessoa.

 

 

A causa do vitiligo é estresse?

Inegavelmente, o estresse influencia a evolução do vitiligo. Na verdade, estresse influencia tudo na vida: qualquer doença, o comportamento humano, o desempenho  imunológico, esportivo, financeiro, os relacionamentos, o desempenho no trabalho e qualquer outra coisa.

 

Várias doenças são agravadas pelo estresse além do vitiligo, sendo a mais evidente a psoríase.

 

Entretanto, estresse não é a causa do vitiligo, mas um fator desencadeante importante. Muitos casos se iniciam após um acontecimento traumático, como um acidente, um assalto, uma perda afetiva ou financeira, um susto intenso.  Outros fatores desencadeantes, porém, são conhecidos: traumatismos da pele,  queimaduras térmicas, exposição à luz solar, descamação pós-bronzeamento, dermatoses inflamatórias.

 

Repetindo: esses eventos não são a causa do vitiligo, mas fatores desencadeantes. O que existe é uma possibilidade genética de a pessoa desenvolver vitiligo, que só se torna realidade após a ação de algum desses fatores em algum momento particular.

 

Portanto, não se deve atribuir todos os casos de vitiligo a estresse. Pode ser e pode não ser. Principalmente o estresse situacional, aquele que ocorre diariamente. Todos temos momentos de estresse todos os dias. Há pessoas naturalmente estressadas quase o tempo todo. Isso predispõe a doenças,  mas é impossível medir o papel que esse tipo de estresse exerce a ponto de causar  vitiligo.

 

Durante a evolução do vitiligo, todos os pacientes observam aumento das manchas em fases de estresse. É sabido que os estados mórbidos se agravam pelo estresse. No vitiligo é a mesma coisa.  Muitas vezes, a pessoa fica com estresse após um acontecimento traumático cuja lembrança se repete independentemente da vontade. É o estresse pós-traumático. Nesses casos, a psicoterapia exerce um papel importante para aliviar a mente ou reprogramá-la, a fim de tirar o potencial agravante dos pensamentos limitantes e substituí-los por pensamentos facilitadores.

Vantagens do tratamento com excimer laser

O excimer laser foi desenvolvido para produzir uma emissão de radiação ultravioleta com comprimento de onda de 308 nanômetros, que é a mais efetiva no tratamento do vitiligo.

 

Essa radiação causa aumento na quantidade de melanina, hipertrofia e aumento de melanócitos e sua migração na pele com mínimo risco de efeitos colaterais. Estes, quando ocorrem, se resumem a leve vermelhidão da pele tratada, raras vezes formação de bolhas, facilmente tratadas, e de escurecimento da pele em torno das manchas, que desaparece com o tempo.

 

Esse método não perde eficácia com o tempo, não causa estrias nem afinamento da pele, pode ser empregado simultaneamente com medicamentos tópicos e sistêmicos, não leva a danos hepáticos, nem defeitos fetais nem afeta o coração, não tem injeções, não expõe a pele normal à radiação e acelera o resultado de tratamentos convencionais.

 

Muito importante é o fato de que a radiação utilizada se situa numa faixa não cancerígena do espectro do ultravioleta e não causa dor, podendo ser aplicada mesmo em crianças.

 

A aplicação é feita uma ou duas vezes por semana por 12 a 30 semanas. Dependendo da apresentação do vitiligo e da resposta da pele, pode ser estendido o tratamento até a completa repigmentação.

 

Embora apresente o maior índice de respostas satisfatórias no tratamento do vitiligo, os resultados são variáveis de pessoa a pessoa, sendo influenciado pelos seguintes fatores:

  • Localização – rosto e pescoço reagem melhor do que mãos e pés;
  • Tipo de pele – pele escura repigmenta mais facilmente do que pele clara

pela natural disponibilidade de melanina;

  • Tamanho das manchas – manchas pequenas têm mais condição de

recuperação do que manchas grandes;

  • Duração – manchas novas têm mais possibilidade de resultados

favoráveis do que manchas antigas;

  • Idade – a pele de criança responde melhor do que a de adultos.

 

O resultado do tratamento se revela por repigmentação folicular, quando aparecem pontos escuros no interior das manchas, e repigmentação marginal, quando a borda das manchas perde seu limite nítido e apresenta pontos escuros que se projetam para dentro das manchas e passam a estreitá-la até as margens se tocarem e as manchas desaparecerem.

 

O excimer laser 308nm é um método efetivo, seguro e indolor, ideal para vitiligo de poucas manchas localizadas.

Qual o melhor tratamento para vitiligo?

Esta é uma curiosidade natural dos pacientes. Logicamente, o mais inteligente seria empregar o tratamento mais eficiente para não perder tempo.

 

Todos os métodos utilizados são eficientes. Há relatos de melhoras e curas com todos eles. É inteligível que um remédio que cure uma pessoa poderá curar todas.

 

No vitiligo, porém, os resultados não são lineares. Um mesmo medicamento, utilizado em dez pessoas, dará dez efeitos diferentes. Pelo motivo de que cada pessoa tem uma composição de fatores própria dela, que fez com que o vitiligo aparecesse e influencia a sua evolução e a resposta ao tratamento. E isso ainda pode ser variável conforme a fase de vida da pessoa.

 

De modo que não existe um tratamento padrão para vitiligo, que dê cem por cento de melhora ou cura em cem por cento das pessoas. Na verdade, vitiligo é um para cada paciente, isto é, cada um forma o seu vitiligo, com características únicas e próprias dele, irreproduzíveis em uma segunda pessoa.

 

Daí procede o fato de que todo tratamento para vitiligo segue uma sequência experimental. Levando em consideração o tipo de pele, a distribuição das manchas, o tempo de evolução, o uso de tratamentos anteriores, a presença e a quantidade de pigmento nas manchas, escolhe-se um esquema, que se supõe vai dar certo para aquele quadro clínico.  Aplica-se o esquema por um tempo razoável para poder fazer uma avaliação da reação do organismo, geralmente quatro a seis meses. Após esse tempo, verifica-se qual está sendo a resposta da pele. Se for positiva, com paralisação do avanço das manchas e aparecimento de repigmentação, ele será mantida; se não houver resultado favorável, escolhe-se outro tratamento e novamente se observa. Quer dizer, o tratamento sempre é experimental, empírico, porque ninguém é capaz de dizer previamente como vai se comportar o organismo daquela pessoa.

 

Portanto, não existe melhor tratamento, existe melhor correspondência do organismo ao tratamento. O resultado sempre provém de uma cooperação da pele com o método empregado.

Tratamentos para vitiligo

Tratamentos para vitiligo são vários, embora não haja uma variedade grande. No mundo inteiro, os especialistas dispõem exatamente dos mesmos métodos, variando um ou outro conforme recursos da natureza local.

 

Como a causa do vitiligo não está determinada, ainda não existe tratamento preventivo, ou seja, aquele que se antecipa ao aparecimento das manchas. Esta seria a terapêutica ideal. Na atualidade, porém, todos os meios visam buscar a recuperação da pigmentação nos locais afetados, ou seja, recuperar o que já apareceu.

 

Há tratamentos medicamentosos, cirúrgicos e físicos.

 

Os medicamentos são utilizados por via local ou oral:

  • corticoides
  • psoralenos
  • tacrolimo
  • quelina
  • fenilalanina
  • extrato de placenta.

 

Os tratamentos cirúrgicos só são aplicáveis a manchas pequenas e estabilizadas há um ano. Nem todas as regiões da pele podem receber esta técnica. Melanócitos são retirados de uma parte normal da pele, cultivados e aplicados em área despigmentada.

 

Os tratamentos  físicos consistem em aplicar radiação ultravioleta nas manchas objetivando estimular a produção de melanina pelos melanócitos. Há atualmente três tipos:

  1. PUVA – aplicação da radiação ultravioleta A precedida da ingestão de um psoraleno uma a duas horas antes.
  2. UVB-NB – utilização da radiação ultravioleta B de faixa estreita (311 nanômetros) sem a ingestão de medicamento.
  3. Excimer laser – é a mesma radiação ultravioleta B, mas de uma faixa específica (308 nanômetros) não cancerígena. Pode ou não ser empregada com o uso concomitante de medicamentos orais ou locais.

Vitiligo pode ser curado

Vitiligo é uma alteração da cor da pele muito comum. Ocorre perda de pigmento em certas áreas da pele, formando manchas brancas. Isso pode se dar em qualquer região, sendo as mais comuns o rosto, as mãos, cotovelos e joelhos.

 

É uma dermatose persistente, que pode permanecer  na pele apesar dos tratamentos. Deixada sem cuidados, a tendência é expandir-se, mas nem sempre. Há pessoas que só têm uma mancha.

 

A cura é difícil e, por causa disso, muita gente, inclusive médicos, afirmam que vitiligo não tem cura. Isso não é verdade.

 

Vitiligo pode ser curado.

 

A cura vai depender de três fatores:

  1. A resposta própria do organismo do paciente. Há pessoas que respondem prontamente aos tratamentos, outras lentamente. Não se conhecem os fatores que regulam essa resposta.
  2. A precocidade do tratamento. Quanto mais cedo o vitiligo for tratado mais possibilidade há de recuperação, porque os as células de melanina não desapareceram completamente da pele atingida e podem ser reativadas.
  3. O empenho e a persistência do paciente nas orientações médicas. Como a reação da pele é lenta é imprescindível que o paciente faça o tratamento rigorosamente, mesmo enquanto ainda não vê os resultados positivos, pois eles só aparecerão com o tempo de tratamento.